Perdoa senhor o nosso dia
Perdoa-me Senhor por tudo o que hoje fui e que não devia ter sido...
A ausência de gestos corajosos
Porque hoje deixei a coragem em casa e me deixei vencer....
A fraqueza dos actos consentidos
que me deixou triste o olhar e a alma...
A vida nos momentos mal amados
que cada vez são mais....
Perdoa o espaço que Te não demos
Perdoa porque não Te compreendi...
Perdoa porque não nos libertámos
Perdoa porque só querer ir embora...
Perdoa as correntes que pusemos
Perdoa o meu isolamento...
Em Ti, Senhor, porque não ousamos
Perdoa-me
Contudo, faz-nos sentir:
Faz-me sentir-Te...
Perdoar é esquecer a antiga guerra
Mas pior que perdoar, é conseguir curar uma desilusão...
E, partindo, recomeçar de novo
Ajuda-me a recomeçar de novo...
Como o sol que sempre beija a terra.
domingo, 11 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Balançar
Pedes-me um tempo
não me sei dividir
é mesmo balançar
balançar é ter dar balanço
e sair...
Pedes-me um sonho
pra fazer de chão
mas eu desses não tenho
só dos de voar
e agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estas a salvar
de viver o perigo
de morrer
mas de que paixão?
de quê?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter, nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração
a soprar o coração
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens
quando falha o chão
o salto é sem rede
pra juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
e agarras a minha mão
com a tua mão e prendes-me
e dizes-me para te salvar.
(Mafalda Veiga)
Quantas vezes a nossa vida , precisa de uma pausa para que possamos fazer um balanço do que já passou, do que está a acontecer e do queremos fazer no futuro?
Um balanço, cujo o objectivo é debitar a felicidade, a segurança interior, a auto-estima, o amor próprio; e creditar as lágrimas, as tristezas, os sofrimentos, os cansaços, os desgastes...
Um balanço não se faz apenas com um "empurrãozinho", nem com uma vontade superficial de pensar e mudar, mas sim com um agitar por completo a vida analisando que frutos se podem colher de toda esta "árvore", na certeza de que colheremos frutos bons, e outros que não estão em tão bom estado!
Por vezes deixamos que o sonho comande a nossa vida, sonhos que são criados por nós mesmos, mas que nos dão a falsa sensação de segurança, de que estamos a ir no caminho certo... Mas quantas vezes essa segurança não é virtual? Quantas vezes na dura realidade esses mesmos sonhos, nos levam a perder o equilíbrio e sofrer grandes quedas? Quantas vezes o nosso próprio coração não é o desencadeador destas mesmas quedas? Entregamo-nos de corpo e alma ás emoções, aos sentimentos, às amizades, às paixões, ao amor; na certeza de que a vida só vale a pena, quando vivida desta forma, preferindo correr riscos, ignorando os perigos e por fim percebemos estamos a cair, e que nem temos direito a uma rede.
Resta-nos depois juntar os pedaços e aceitar que nem tudo o que parte se volta a colar e ganhar forças para (re)começar de novo, e seguir em frente!
Um balanço, cujo o objectivo é debitar a felicidade, a segurança interior, a auto-estima, o amor próprio; e creditar as lágrimas, as tristezas, os sofrimentos, os cansaços, os desgastes...
Um balanço não se faz apenas com um "empurrãozinho", nem com uma vontade superficial de pensar e mudar, mas sim com um agitar por completo a vida analisando que frutos se podem colher de toda esta "árvore", na certeza de que colheremos frutos bons, e outros que não estão em tão bom estado!
Por vezes deixamos que o sonho comande a nossa vida, sonhos que são criados por nós mesmos, mas que nos dão a falsa sensação de segurança, de que estamos a ir no caminho certo... Mas quantas vezes essa segurança não é virtual? Quantas vezes na dura realidade esses mesmos sonhos, nos levam a perder o equilíbrio e sofrer grandes quedas? Quantas vezes o nosso próprio coração não é o desencadeador destas mesmas quedas? Entregamo-nos de corpo e alma ás emoções, aos sentimentos, às amizades, às paixões, ao amor; na certeza de que a vida só vale a pena, quando vivida desta forma, preferindo correr riscos, ignorando os perigos e por fim percebemos estamos a cair, e que nem temos direito a uma rede.
Resta-nos depois juntar os pedaços e aceitar que nem tudo o que parte se volta a colar e ganhar forças para (re)começar de novo, e seguir em frente!
Subscrever:
Mensagens (Atom)